Comunhão na mão

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A Santa Eucaristia, especificamente, a Santa Comunhão, a Sagrada Hóstia, não é uma ideia nem mesmo uma coisa sagrada, mas sim uma Pessoa divina, que é Jesus Cristo, Nosso Senhor, que está presente, substancialmente e com toda Sua divindade nessa pequena e sagrada comunhão. Deveríamos ter mais consciência e conhecimento de que quando nos aproximamos para receber a Sagrada Comunhão, alí está o Senhor do Universo, Deus na Sua eterna magestade, que humilhou-se a si mesmo. Ele não somente se encarnou, assumindo nossa natureza humana mas Ele foi maius longe, humilkhando a si mesmo neste estado da Eucaristia, indefeso. Ele está sendo entregue em nossas mãos, e temos o momento mais íntimo possível com o Senhor. Ele é nosso Deus, encarnado pelo seio da Virgem Maria, expiado para livrar-nos do pecado, deu-se a si mesmo na Eucaristia na Quinta-feira Santa. A Missa como um todo é sagrada, mas o que a torna sacra é o cerne desta celebração, que se dá com a presença viva e real de Jesus na Eucaristia, e por isso deve ser um momento deveras sagrado. Não podemos deixar que o respeito à Santa Comunhão seja somente naquele momento, nem que seja de modo superficial, ou seja, ajoelhar-se por ajoelhar, ou porque todos faem isto, farei eu também. Um sacrifício tão santo e tão sublime não pode ser recebido de qualquer forma, ainda mais receber a Ele diretamente nas mãos, tocando a Santa Eucaristia com os dedos, da palma da mão é colocado o Corpo de Cristo na boca, e então, muitas consequências se sucedem disso.

As quatro consequências de se receber a Comunhão na mão:

                  1) A perda de fragmentos. Pequenos fragmentos da comunhão se perdem enormemente neste ato. Em cada pedacinho de fragmento, por menor que seja, está presente a divindade inteira de Jesus, Sua presença real. Estes fragmentos podem ficar presos na palma da mão, nos dedos e, sem que você pense, depois está esfregando suas mãos uma na outra.

                  2) O roubo de hóstias. Cada vez mais seitas (entenda-se aqui por seitas "cristãs") promovem a profanação de objetos sagrados de muitas religiões, inclusive de dentro do Catolicismo. A começar pela Sagrada Eucaristia, em que cremos haver a presença de Jesus nela, para muitos outros irmãos separados é apenas um símbolo.

                  3) A forma em que se recebe Nosso Senhor. Este ato de estender as mãos e pegar com os dedos é o gesto mínimo de adoração que podemos fazer, ou seja, um minimalismo. Para o Santo dos Santos devemos dar nosso máximo, e isto tem uma consequência lógica para nossa fé.

                  4) A banalização inconsciente da sacralidade Eucarística. O Santo dos Santos é comumente recebido sem mais tanta devoção quando é dado nas mãos das pessoas. Dá a impressão de que cada vez mais vão esvaindo-se da fé. É como se estivéssemos a colocar para dentro de nós um simples café da tarde. Muitos não se dão conta de que estão perdendo a fé com este gesto.

Não quero que pensem que o gesto de pegar nas mãos é algo abominável, mas tem seus equívocos. O modo normal de se receber a comunhão é na boca, e sua excessão é ser recebida na mão. Quero terminar fazendo uma provocação a você, leitor.

"Ao contrário, aquilo que sai da boca provém do coração, e é isso o que mancha o homem." Mt 15,18 - Bíblia Ave Maria
"A chicotada produz um ferimento, porém uma língua má quebra os ossos." Eclo 28,21 - Bíblia Ave Maria

Ou seja, mesmo que recebamos a Eucaristia na boca, se ela não for pura, de nada adianta querer receber do modo mais sacro possível. Mas, se até os anjos se prostraram diante do Cordeiro, como narra o Apocalipse, por que não fazemos o mesmo?